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"Já é aqui a ria, pai?"..., nesta secura
onde o pó aos quadrados se amontoa.
- Não, meu fiho, o rio é outra lonjura...
Além é que a saudade nos magoa.
Onde as margens seculares espreitam
a água a fugir delas, delirante,
e há folhas e flores que enfeitam
na relva, a cama livre dos amantes.
Onde a sombra cai na água ás cavalitas
e à pedras de tons e formas esquisitas
nas montras do areal quando é estio,
e a beijar a água há salgueirais
onde as rolas noivam as casais...
- Além..., meu filho, é que é o rio!
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